segunda-feira, 15 de abril de 2013

Tempo



A terra era inóspita e sem cores. Mas com um ato de bravura, tudo foi transmutado.
A infertilidade deu espaço para a germinação de ideias, sentimentos, amores e sorrisos.

A evolução na vida daquela mulher é visível.
Mas nada corre conforme a marcação cronológica, ditada pelo deus Cronos.
E a divindade que existia dentro dela rapidamente ganha espaço.

Ela se sente estranha, mas também misteriosamente feliz.
Tem desejos de puxar o freio de mão.
Mas a sua ação é apenas de querer mais movimento.
Movimento de seguir adiante, sem ouvir as possíveis críticas.
Movimento de se encontrar cada vez mais.

Assim como Zeus ela sai da caverna e luta por sua vida.
Seu coração se desabrocha.
E através da compaixão ela percebe ser possível seguir a sua jornada em busca da luz e de si mesma.

2 comentários:

  1. Rafaela,

    Tenho admirado muito os seus textos. Não apenas pela qualidade do conteúdo, mas pela possibilidade de acompanhar sua evolução como ser humano.

    Reservei um tempo para navegar por todos os textos e é bonito ver o quanto sua busca pelo seu verdadeiro ser, a faz descobrir e vivenciar experiências tão intensas.

    O que só corrobora o conceito da impermanência da vida. Estamos em constante evolução e a compreensão disto é o primeiro passo para entendermos que a solução de nossas angústias virá de nós mesmo.

    O sutra que mais gosto, o 5º (já reconhecendo que nunca consigo me lembrar de todos), é perfeito em sua definição:

    "O presente é inevitável"

    Não sei dizer o que seria mais impermanente que isso.

    JGD.

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  2. Obrigada Julio. Escrevo apenas o que meu coração sente e a minha alma grita. É muito doido isso, deliciosamente doido. Nunca fui de escrever nada, e agora a cabeça não para. rs
    Sim, depois desse sutra o salve a sua mente para mim foi, e ainda é, fundamental.
    Que caminhemos sempre em busca da luz.

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