sexta-feira, 8 de março de 2013

Relacionamentos




Nem sempre é fácil andar em equilíbrio.
Andar no compasso da vida, mas sem deixar que a atitude do outro te faça mal.
Andar em direção ao caminho que você sabe ser o certo, sem deixar que os desvios te levem para muito longe.

Nos últimos dias é isso que venho tentando fazer.
Sei como não quero ficar.
Sei aonde quero chegar.
Sei o caminho que preciso seguir.
Sei as pessoas que quero ao meu lado.
E sei também as pessoas que não quero do meu lado.

Percebi também que não choro pelas relações que se foram.
Mas sim por perceber que, muitas das vezes, esse ombro que não está mais ao meu lado era uma ferramenta que eu usava para me esconder de mim mesma.

Hoje tenho certeza de que não voltaria para nenhum deles.
Hoje tenho certeza de que não ficaria com nenhum deles até ficar bem velhinha.
Hoje tenho certeza que meus desejos eram nulos.
Como uma pessoa que se deixa levar, sem saber o que quer pra si mesma, ora eu gostava de rock, ora era amante do samba.
Por tempos saía todos os dias da semana e perdia a rotina para logo em seguida adorar ficar em casa.
Por tantas vezes me olhava no espelho e só via o outro no reflexo.
Era uma transformação interessante, que minha família acompanhava a cada novo relacionamento.
Como numa reprise de sessão da tarde, lá ia a Rafaela seguindo os seus passos de outrora.

Foi aí que pude perceber claramente que queria mesmo era fugir desse lugar em que estou hoje: olhando para mim mesma e com receio do que vou encontrar.
Como em uma tormenta, meus antigos padrões ficam brigando.
Querem ganhar a luta a qualquer preço. E jogam sujo para isso.
Fazem com que eu recorde momentos e pessoas.
Fazem com que eu tome determinadas atitudes que não quero mais para mim.
Fazem com que eu repita frases que não aumentam meu repertório.

É difícil, muito difícil.
Requer atenção diária, minuto a minuto.
Orai e vigiai.

Por isso tanta gente segue sua vida sem coragem para entrar nesse processo.
Preferem se anestesiar de álcool, drogas e de pessoas.
E a vida segue mais parecendo uma colcha de retalho, com as emoções sendo costuradas e guardadas no fundo do coração. No lugar mais escondido que tiverem.

Eu, cansada de como vivia, ou sobrevivia, a depender do momento que estava, decidi puxar o freio da vida.
Decidi que preciso mudar e vou fazer isso.
JGD.

4 comentários:

  1. Ufa! muito bom!
    viver anestesiado é ruim demais... não seja a bola da opinião dos outros.

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  2. que bom, rafita, q vc está seguindo este caminho!!! estamos todos muito felizes por vc e pelo caminho q escolheu!!! e viva as boas mudanças e as escolhas que nos botam pra cima!!!

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